Historial

 

A vila de Marinhais situa-se a 2 kms da margem esquerda do rio Tejo, entre a Lezíria e a charneca ribatejana, e tem cerca de 200 anos após a sua fundação.

As primeiras pessoas a fixarem as suas residências vieram das beiras e norte do Ribatejo, foreiros que desbravaram aqueles terrenos arenosos e incultos cheios de matagais. Desde logo se tornou uma aldeia com características especiais, quer nos usos quer nas tradições porque a essas pessoas se juntaram outras de varias regiões do pais, trazendo para esta vila um pouco da sua cultura tendo-se criado uma aldeia com muitas e diversas tradições e usos.                                          

No reinado de D. Manuel I, quando este vinha do palácio de Salvaterra de Magos fazer caçadas ao veado, na margem sul do rio Tejo, e vendo esta grande área coberta de camarinheiras (pequenas arvores silvestres que dão fruto em forma de baga branca), passou a chamar-lhe camarinhais.

Mais tarde, no reinado de D.Carlos, quando este inaugurou o ramal de caminho ferro de setil a vendas novas, em 1904 a localidade passou a chamar-se Marinhaes (talvez diminutivo), nome que ainda se encontra na estação da CP, hoje em dia reaberta ao público.

Marinhais conta actualmente com perto de 5.000 habitantes residentes durante a semana e com 10.000 habitantes ao fim de semana, e localiza-se no centro do concelho de Salvaterra de Magos, confrontando-se com as restantes freguesias, havendo por isso quem lhe chamasse foros do concelho.

A sua fama de riqueza agrícola foi de tal ordem, que não demorou a tornar-se a maior freguesia do concelho, com grandes laranjais e vinhas. Na sua fronteira com Salvaterra de magos, ainda hoje existem arrozais que se prolongam por uma grande área geográfica. O Grupo, renascido em 1980 do rancho fundado nos anos 60,tem participado em muitos festivais de folclore, quer a nível nacional, quer em Espanha, França e Holanda.

Os trajes, exemplos da maneira como se vestiam os nossos antepassados, são alusivos ao meio rural, passando pelo rico, domingueiro de trabalho, cocheiro, moleiro, e trabalhador rural. Nas mulheres, temos a mordoma, ceifeira, domingueira, aguadeira e outros trajes.